Uma coisa temos que concordar: TV aberta aos domingos não tem muitas opções para o nosso entretenimento. Mas foi zapeando com o controle remoto que cheguei ao Programa do Gugu (original até no nome) na Rede Record e me deparei com uma matéria sobre bullying. Para os que ainda não conhecem a palavra, segundo o Wikipédia “bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo”. Até aí nada demais, mas foi pela primeira vez que conversei com minha mãe e assumi: EU JÁ FUI VÍTIMA DE BULLYING.
Sempre fui uma pessoa de fazer e manter muitos e bons amigos. Não via a hora de poder sair para a rua e encontrar os amigos e brincar até cansar. Foi minha tia quem alfabetizou a mim e à maioria dos meus amigos até que, em 1992, minha família decidiu me matricular em um colégio particular (um dos melhores na região) para começar o Ensino Fundamental. O que parecia o paraíso foi o início de oito anos de tortura. Entrar no colégio foi maravilhoso! Claro, uma nova escola, novos amigos. Ledo engano: durante oito anos tive de tudo, menos novos amigos. A escola tinha o costume de sempre fazer menção aos alunos que se destacaram no bimestre e eu sempre era um deles. O problema era que os professores faziam questão de fazer disso quase uma cerimônia do Prêmio Nobel e tratavam os outros alunos com certo desprezo. Foi aí que meu Calvário começou.
Nunca fui de brigas, afinal nunca precisei disso entre o pessoal da minha rua. Isso era um prato cheio para os garotos da classe. Tudo era motivo para eu ser o bode expiatório. Eu era gordinho e ainda usava os famosos óculos de fundo de garrafa e, além disso, moro em uma favela. Esse martírio durou da 1ª a 8ª série do Fundamental. As meninas também não ficavam para trás. Adoravam me avacalhar, me chamar de feio, que minha mãe teve a placenta e jogou o bebê fora. Eles se divertiam às minhas custas. Lembro uma vez que entrei na sala e cinco ou seis garotos me jogaram no chão, montaram em cima de mim e começaram a me bater sem motivo algum. Por ser evangélico também sofria perseguição e sempre que eu cometia um deslize (falar uma gíria ou perder a paciência) logo vinha: “Ué, Rafael, você não é crente?”.
Foram oito anos de um inferno sem fim. Não adiantava falar com minha família porque se eles iam à direção reclamar, as agressões pioravam. Até meu material eles pegavam. Hora do recreio era aquele momento de solidão. Ninguém queria falar comigo ou brincar, mas, na hora de fazer trabalho em grupo, era o NERD que eles procuravam. Claro que tudo ficava nas minhas costas. Pedia a Deus para as aulas acabarem logo e poder voltar para minha casa onde tinha amigos de verdade que até hoje encontro na rua e conversamos e estamos sempre prontos para ajudar uns aos outros.
Em 2001, a vida começou a sorrir para mim. Saí do colégio particular e entrei na rede FAETEC. Nossa! Que diferença! O menino que vivia sozinho agora tinha amigos. Ficar isolado no recreio (quer dizer, intervalo), nunca mais. Foram os amigos que me ajudaram a recuperar minha autoestima. Por causa dos maus tratos, não conseguia ter jeito nem com as garotas com medo de que algo acontecesse. Finalmente estava sendo feliz. Este ano me formo na faculdade que é outro lugar onde encontro paz, alegria e bons amigos. Queria poder apagar aqueles oito anos assim como o Jim Carrey fez em Brilho eterno de uma mente sem lembranças, mas não é possível. Quem sofreu ou sofre bullying jamais se esquece, as lembranças ficam para sempre, mas resolvi usar esse espaço para desabafar e mostrar que o bullying não pode interromper seus sonhos. Foi dessas experiências amargas que tirei forças para chegar aonde cheguei. Foi graças a Deus, minha família, meus amigos e, agora, minha namorada que consegui superar tudo. As marcas sempre ficarão, mas são elas que nos moldam e nos fazem capazes de escrever a nossa própria história.
Você também já sofreu bullying? Escreva aqui a sua história. Vamos juntos acabar com esse problema!
Sempre fui uma pessoa de fazer e manter muitos e bons amigos. Não via a hora de poder sair para a rua e encontrar os amigos e brincar até cansar. Foi minha tia quem alfabetizou a mim e à maioria dos meus amigos até que, em 1992, minha família decidiu me matricular em um colégio particular (um dos melhores na região) para começar o Ensino Fundamental. O que parecia o paraíso foi o início de oito anos de tortura. Entrar no colégio foi maravilhoso! Claro, uma nova escola, novos amigos. Ledo engano: durante oito anos tive de tudo, menos novos amigos. A escola tinha o costume de sempre fazer menção aos alunos que se destacaram no bimestre e eu sempre era um deles. O problema era que os professores faziam questão de fazer disso quase uma cerimônia do Prêmio Nobel e tratavam os outros alunos com certo desprezo. Foi aí que meu Calvário começou.
Nunca fui de brigas, afinal nunca precisei disso entre o pessoal da minha rua. Isso era um prato cheio para os garotos da classe. Tudo era motivo para eu ser o bode expiatório. Eu era gordinho e ainda usava os famosos óculos de fundo de garrafa e, além disso, moro em uma favela. Esse martírio durou da 1ª a 8ª série do Fundamental. As meninas também não ficavam para trás. Adoravam me avacalhar, me chamar de feio, que minha mãe teve a placenta e jogou o bebê fora. Eles se divertiam às minhas custas. Lembro uma vez que entrei na sala e cinco ou seis garotos me jogaram no chão, montaram em cima de mim e começaram a me bater sem motivo algum. Por ser evangélico também sofria perseguição e sempre que eu cometia um deslize (falar uma gíria ou perder a paciência) logo vinha: “Ué, Rafael, você não é crente?”.
Foram oito anos de um inferno sem fim. Não adiantava falar com minha família porque se eles iam à direção reclamar, as agressões pioravam. Até meu material eles pegavam. Hora do recreio era aquele momento de solidão. Ninguém queria falar comigo ou brincar, mas, na hora de fazer trabalho em grupo, era o NERD que eles procuravam. Claro que tudo ficava nas minhas costas. Pedia a Deus para as aulas acabarem logo e poder voltar para minha casa onde tinha amigos de verdade que até hoje encontro na rua e conversamos e estamos sempre prontos para ajudar uns aos outros.
Em 2001, a vida começou a sorrir para mim. Saí do colégio particular e entrei na rede FAETEC. Nossa! Que diferença! O menino que vivia sozinho agora tinha amigos. Ficar isolado no recreio (quer dizer, intervalo), nunca mais. Foram os amigos que me ajudaram a recuperar minha autoestima. Por causa dos maus tratos, não conseguia ter jeito nem com as garotas com medo de que algo acontecesse. Finalmente estava sendo feliz. Este ano me formo na faculdade que é outro lugar onde encontro paz, alegria e bons amigos. Queria poder apagar aqueles oito anos assim como o Jim Carrey fez em Brilho eterno de uma mente sem lembranças, mas não é possível. Quem sofreu ou sofre bullying jamais se esquece, as lembranças ficam para sempre, mas resolvi usar esse espaço para desabafar e mostrar que o bullying não pode interromper seus sonhos. Foi dessas experiências amargas que tirei forças para chegar aonde cheguei. Foi graças a Deus, minha família, meus amigos e, agora, minha namorada que consegui superar tudo. As marcas sempre ficarão, mas são elas que nos moldam e nos fazem capazes de escrever a nossa própria história.
Você também já sofreu bullying? Escreva aqui a sua história. Vamos juntos acabar com esse problema!
3 olhares:
TB SOFRI BULLING! SEI O QUE VC SENTE...AS MARCAS FICAM...
NAO CONSIGO ENTENDER O POR QUÊ DE UM SER HUMANO FAZER ISSO! SAO CRIANÇAS!!!SAO CRUEIS!
Quando garoto, os outros meninos (será que posso me considerar um outro deles? ao passarem perto de mim, se cutucavam com um ar de escaárnio e dizia,: Olha aí teu irmão. Nunca me esquecerei disso e até hjoje tenho problemas na minha vida profissional e pessoal por ter sido alvo de tanto deboche. Pensava em me matar e até hoje sou um depressivo crônico.
EU TAMBEM SOFRO BULLYNG É UM SENTIMENTO HORRIVEL SEM PALAVRAS SOFRO MUITO COM ISSO AS VEZES TENHO VONTADE DE ABANDONAR ESCOLA ! E TEVE UMA VEZ Q ATE PENSEI EM ME MATAR MAIS ISSO JA FAZ TEMPO E RESOLVIR TIRAR ESSA BESTEIRA DA MINHA CABEÇA PQ SEI Q ESSES COVARDES ESTAO ABAIXO DE MIM (AS NOTAS DELES TAMBEM)E RESOLVIR VER Q SOU UMA MENINA REALMENTE BONITA E INTELIGENTE E TENHO Q SEGUIR EM FRENTE SEM DEIXAR Q ESSE POVO ME ATINJA!
UM CONSELHO:
SE ALGUEM VIER FAZER OFENÇAS PARA VC REPITA BEM BAIXINHO
A INVEJA DO FRACASSO FORTALACE A MENTE DE UM GUERREIRO
ISSO FUNCIONA COMIGO ! PQ É A MAIS PURA VERDADE NAO DEVEMOS DEIXAR Q ELES NOS ATRAPALHEM,MAIS SIM FAZER DESSE MOMENTO DIFICIL E DOLOROSO UM APRENDIZADO! EU REZO TODAS AS NOITES PARA ESSE TORMENTO ACABAR E O TORMENTO DE TODOS NO MUNDO Q SOFREM COM ISSO TAMBEM ACABAR !
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