O mestre da ilusão

Centro Cultural Banco do Brasil recebe mostra com obras do artista holandês Maurits Cornelis Escher.

Cinema saudosista

Hanna-Barbera e Universo Marvel povoam as produções de cinema resgatando as boas coisas da infância.

Entendendo hashtaguinês

Depois do internetês e do miguxês, o Twitter chega para aumentar o número de dialetos na grande rede.

Como entender a vida de um jornalista

Depois desta leitura, os amigos e parentes vão pensar duas vezes antes de falar que vida de jornalista é moleza.

Cidade Jurássica

Feras invadem a Barra da Tijuca e viram uma ótima opção de entretenimento para toda a família.

27 de fevereiro de 2011

Como entender a vida de um jornalista

Tem uma coisa que estou tentando contar para vocês há três semanas e não consigo: arrumei emprego. Além dos três blogs que mantenho, gora trabalho como repórter da Revista Show da Fé, uma publicação cristã filiada à Igreja Internacional da Graça de Deus. Entretanto, não é só sobre isso que quero falar. Acontece que chegando de um dia de trabalho ouço uma pérola por parte de uma amiga: “Ah! Vida de jornalista é moleza! É só ficar o dia inteiro no computador”.

Espera um minuto?! De que planeta essa pessoa é? Desde quando a NOSSA vida é moleza e desde quando passamos o dia inteiro no computador? A gente vai ao banheiro quando dá vontade. Os jornalistas de plantão hão de concordar comigo que pode até parece fácil, mas sempre surge uma intempérie: aquela fonte que não quer entrevista ou quando dá é monossilábico, o chefe cobrando a matéria antes do deadline, você sair e enfrentar um engarrafamento, o computador que fica travando e a conexão que é mais lenta que minha vó. E o que falar do telefone? Você liga e só cai na secretária e se deixar recado pede a Deus pro indivíduo receber.

Para solucionar nosso problema resolvi criar meu TOP 10 (criar listas está tão na moda) e sugerir alguns filmes que contam bem o nosso cotidiano e, depois de assisti-los, espero que seu amigo ou parente pare de achar que jornalista tem vida mole:

Todos os homens do presidente (1976)


Esse é um verdadeiro clássico das aulas de jornalismo estrelado por Robert Redford e Dustin Hoffman que interpretam os repórteres investigativos Robert Woodward e Carl Bernstein do jornal Washington Post. A história é real sobre a descoberta de uma rede de espionagem e lavagem de dinheiro que levou à renúncia do então presidente americano Richard Nixon.

O que começou com uma invasão do edifício Watergate por cinco aparentes ladrões ganha uma proporção não imaginada que é contado na película com cenas históricas e os dois repórteres contam com um aliado imbatível: o Garganta Profunda. Dá pena ver Robert e Carl se desdobrando em ligações e anotações em bloquinhos numa época em que nem computador existia e o jeito era datilografar a notícia. O pessoal que não vive sem tecnologia vai surtar ao ver esse filme.


O jornal (1994)


Mais voltado para a comédia, a história mostra a rotina do tablóide The Sun, mas, ao invés de centrar na rotina da redação, o diretor Ron Howard se aprofundou nos problemas pessoais dos funcionários do veículo. Estrelado por Michael Keaton, Robert Duvall, Glenn Close e Marisa Tomei, tudo gira em torno de dois brancos assassinados e dois jovens negros que são acusados de terem cometido o crime. Para os repórteres Henry (Michael Keaton) e Bernie (Robert Duvall), os meninos são inocentes e fazem de tudo para provar antes que a chefe da redação mande começar a rodar os jornais.

O stress em ter que cumprir uma pauta com o prazo apertado e um chefe ambicioso são dramas enfrentados também na vida real. Sem falar no desafio que é encontrar a peça central capaz de resolver todo o mistério da trama.


Homem-aranha (2002)


Você deve estar se perguntando o porquê do filme do aracnídeo mais famoso do cinema estar nesta lista. Gente, alguém aguentaria um chefe como John Jonah Jameson Jr. interpretado aqui por J. K. Simmons? Sem escrúpulo algum o dono do Clarim Diário só tem interesse em publicar matérias difamatórias contra o Homem-Aranha. Mal sabe ele que o seu fotógrafo Peter Parker (Tobey Maguire) é o seu maior algoz.


O preço de uma verdade (2003)


A questão da ética é o mote desse drama dirigido por Billy Ray e estrelado por Hayden Christensen, Peter Sarsgaard e Chloë Sevigny. Hayden interpreta o ambicioso e simpático jornalista Stephen Glass que fazia parte do quadro de repórteres da revista The New Republic. O carisma do jovem e seus artigos publicados num curto período de tempo fizeram dele um sucesso entre a equipe.

Entretanto, uma das reportagens – O paraíso dos hackers – traz a tona uma verdade que o editor Chuck Lane (Peter Sarsgaard) precisaria de muito jogo de cintura para conseguir digerir: 27 dos 41 artigos publicados por Glass na revista haviam sido forjados, com o simples intuito de se destacar na carreira jornalística.


Hitch – Conselheiro amoroso (2005)


A comédia romântica estrelada por Will Smith e Eva Mendes retrata um perigo que pode acontecer com vários de nossos colegas: confiar numa fonte não muito segura. A fim de desmascarar o tal Doutor do Encontro, Sara Melas (papel de Eva) acaba recorrendo a uma amiga e acaba complicando a vida de Alex Hitchens, muito bem construído por Will Smith. Tudo bem que todo mundo erra, mas, quando o assunto é informação, nem sempre os amigos são as melhores fontes. Vale sempre lembrar: amigos, amigos, reportagens à parte.


O diabo veste prada (2006)


Pobre Andrea Sachs (Anne Hathaway)… Uma chefe como Miranda Priestly (Meryl Streep) é realmente um castigo e um trampolim para um verdadeiro ataque de nervos. Conviver com pressões do cotidiano e saber dançar conforme a música do selvagem mercado corporativo são algumas das preciosas lições que tiramos da adaptação cinematográfica do famoso Best-seller de Lauren Weisberger.


Scoop – o grande furo (2007)


Essa jogada do mestre Woody Allen vai para os estudantes de jornalismo afobados em conseguir um furo de reportagem. Sondra Pransky (Scarlett Johansson) é uma estudante da área que recebe uma pauta (vejam só) do além. O problema é que a jovem acaba se apaixonando pelo homem que ela deveria investigar. Sentimentos e trabalho, em algumas horas, sinceramente não combinam.


Zodíaco (2007)


Esse é a prova da famosa maldição que paira sobre a classe e meus professores já cansaram de falar na aula: jornalista só tem um casamento feliz ao lado de jornalista. Afinal, nem toda mulher é compreensiva o suficiente para entender que o marido vai largar o jantar do aniversário de casamento naquele restaurante chique porque um dos contatos dele acabou de ligar passando uma informação digna de primeira página. Que o diga o personagem de Robert Graysmith – o cartunista Jake Gyllenhaal – que vê seu casamento desmoronar diante da obsessão de descobrir pistas que levem ao lendário serial-killer que dá título ao filme.


Os delírios de consumo de Becky Bloom (2009)


A comédia romântica baseada na série de livros da britânica Sophie Kinsella mostra como nem sempre você vai sair da faculdade direto para a editoria de seus sonhos e você será obrigado a conviver com isso. Lembro que quando fui colaborador do Núcleo de Comunicação da faculdade, tive que cobrir o Campeonato Carioca sem nem ao menos gostar de futebol.

Voltando ao filme, imagine o desafio que é para Rebecca Bloomwood (Isla Fisher), uma jornalista compulsiva por compras trabalhando em uma revista sobre finanças. Seria o mesmo que colocar o Zeca Camargo para falar sobre moda, concordam?


Jogos Mortais VI (2009)


Confesso que nesta aqui eu viajei, mas vale a dica. Se não bastassem todos os problemas que listei, vai que você vira alvo de um assassino em série, é sequestrado e ainda tem que ver alguém que você ama morrer na sua frente. A repórter Pamela Jenkins, interpreta por Samantha Lemole sabe muito bem o que é isso.

25 de fevereiro de 2011

Entendendo hashtaguinês

Não há dúvidas que a internet veio para mudar nosso modo de se comunicar. Se bem que esse modo mudou com a chegada do computador. Depois de tanto tempo digitando, sinto que minha escrita cursiva anda precisando de ajustes. É como se a mão tivesse perdido o costume de segurar um lápis ou uma caneta para escrever um simples recado ou anotar um telefone. Peraê! Anotar telefone no papel em pleno século XXI?! É... Eu ainda faço isso às vezes.

Mas voltando ao assunto da internet, ela veio para acelerar as coisas e diminuir o tempo quando o assunto é se comunicar com alguém. A intenção de diminuir o tempo é tão grande e a mudança no modo de se comunicar é tão gritante que surgiu até novos dialetos. Começamos com o internetês herdado de nossas conversas de MSN. VOCÊ agora é simplesmente VC e o problema só aumenta quando entram os emoticons. Tenho uma amiga que quando entra no MSN é quase preciso um intérprete. Cada letra é um emoticon diferente. O I é uma florzinha, o A é a Torre Eiffel e por aí vai.

Depois veio o jeito emo de falar: o miguxês. Aí o negócio encrencou e chegou a ter aplicativo que convertia seu texto para o dialeto e até criaram a nova versão da Bíblia Sagrada. Nem Deus está livre dessa! Duvidam? Vejam só:
“Nu priNCIpIU…krIow deUxXx UxXx ceuxXx I a terrAH” gENeSixXx 1:1
Aí eis que em 2006 um passarinho azul resolveu piar mais alto nesse galinheiro. O Twitter reduziu nossos papos a apenas 140 caracteres e o que surgiu aí: o hasthguinês. Não conhece? Vou explicar de maneira técnica. Tag (etiqueta em inglês) é uma palavra-chave ou termo associado com uma informação que o descreve e permite uma classificação da informação baseada em palavras-chave. Se você usa isso no Twitter, vira uma hashtag. Para criar a sua é só acrescentar o símbolo #.

Mas o que as pessoas querem dizer quando usam as hashtags em seus bate-papos no microblog? Cavucando no Google cheguei a um dicionário de hashtags e quero dividi-lo com vocês:

WTF: essa é para aqueles momentos de stress – What the f****. É isso mesmo que vocês estão pensando e a gente cansa de ouvir em filme nacional

ROFL: Rolling On Floor Laughing – Rindo e rolando no chão

AKA: Also known as – Também conhecido como

BRB: Be right back – Volto logo ou volto já

AFK: Away from keyoboard – Fora do PC ou distante do teclado

RTH: Run to the hills – Corra para as colinas

IMO: in my opinion – Na minha opinião (virou bordão na época de Malhação

BTW: by the way – A propósito

OMG: Oh my God – Oh meu Deus (essa quase todo mundo conhece)

Então, pessoal, espero ter ajudado vocês e se vocês conhecerem mais algumas hashtags, por favor, me avisem.

Obs: Esse postagem surgiu a partir de um tweet desesperado do meu amigo Diego Rodrigues.