Cinema saudosista

Parece que de repente bateu um certo sentimento de nostalgia nos diretores e produtores de cinema e 2011 será um ano marcado por produções que vão fazer muita gente relembrar os bons tempos da infância. Ah! Vendo as agruras que representa tornar-se adulto chega a dar saudade da época em que nossa única preocupação era fazer o dever de casa para poder ir logo brincar com os amigos.

Muita gente se deliciou com as produções dos anos 80 da dupla William Hanna e Joseph Barbera como os desenhos animados Corrida Maluca e Jambo e Ruivão ou viveu muitas aventuras ao lado das revistinhas da Marvel Comics que começou na década de 30 e deu vida a heróis como Homem Aranha, X-men e Motoqueiro Fantasma.

Como tudo que é bom não pode ser deixado para trás e nem esquecido, o cinema viu nessas histórias um ingrediente todo especial para suas produções. Depois da trilogia X-men e das histórias do Homem Aranha e do Homem de Ferro, o novo ano já começou com uma história bem saudosista: Zé Colmeia, o urso trapalhão que vive no Parque Jellystone junto com seu inseparável amigo Catatau. Na história, os dois correm o risco de perder a casa e vão fazer de tudo para impedir que isso aconteça. As vozes são feitas por Dan Akroyd e Justin Timberlake e ainda tem versão em 3D.


Agora, fofinho de se ver eram Os Smurfs, aquelas criaturinhas azuis com seus gorrinhos brancos. Que saudade de acompanhar na tela da Globo as aventuras e confusões do Papai Smurf, Smurfette, Robusto, Gênio e Joca contra o temido Gargamel. Pois eles chegam às telonas ainda em 2011 onde vão parar em plena Nova York depois de um plano do terrível vilão. E como já é moda, cópias em 3D também estarão disponíveis nas sessões.


Para os fãs de adrenalina e muita ação, as promessas ficam por conta do Capitão América que será interpretado por Chris Evans e teremos a chance de conhecer a origem do jovem voluntário durante a Segunda Guerra Mundial. O supersoldado americano de arma passa a ser uma celebridade e valioso demais para pôr em risco na luta contra os nazistas. Os fãs do uniforme com as cores da bandeira americana e do escudo com a estrela estão ansiosos pela estreia.


Outro que vai finalmente ter sua história contada na telona é o guerreiro Thor. Quem esperou na sala de cinema até o fim dos créditos de Homem de Ferro 2 já pode conferir a cena em que o lendário martelo de Thor é encontrado no deserto do Novo México. Agora o filho de Odin chega disposto a provar que o Universo Marvel tem material de sobra para excelentes produções.


Vamos torcer para que os meses passem logo para curtimos essas estreias do cinema e resta saber quais serão as próximas saudades da nossa infância que irão parar nas telonas e marcar as novas gerações.

Fotos: Adorocinema.com

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O mestre da ilusão

Depois de uma temporada em Brasília, agora é a vez do público carioca ter a chance de conferir as obras de Maurits Cornelis Escher. Desde 18 de janeiro (terça-feira) que o Centro Cultural Banco do Brasil abriu as portas para a exposição O mundo mágico de Escher com trabalhos desse que é considerado o mestre da ilusão em técnicas de xilogravura e litografia. Com curadoria de Pieter Tjabbes, o mundo mágico do artista é composto por 92 obras vindas diretamente do Acervo Gemeentemuseum que fica em sua terra natal, a Holanda.

A exposição promete agradar aos mais diferentes públicos e até mesmo a quem não é muito fã de arte. A visitação vira uma gostosa brincadeira para quem se permite viajar pelo mundo encantado desse artista. Logo no pátio principal do CCBB, o público é convidado a entrar na Sala da Relatividade e pode fotografar. Como a sala foi levemente inclinada, quem vê através de um orifício tem a impressão de que as pessoas parecem maiores ou menores do que realmente são.

A criançada também tem vez na exposição que a desafia a montar um quebra-cabeça inspirado na obra Ladrilhamento I pintada em 1951. Já no primeiro andar, o visitante confere várias pinturas do artista que teve a natureza como uma das principais influências de seu trabalho. Provando que Escher é mais pop do que nunca, várias animações interativas inspiradas em suas pinturas estão espalhadas pelo andar. Mas o que vale mesmo uma boa olhada em sete peças que mostram o trabalho de Escher de uma maneira muito mais interessante: A sala impossível, A sala do periscópio, O poço infinito, Cubo, O olho mágico, Metamorfose platônica e A escada virtual saltam da xilogravura e da litografia e ganham forma e espaço diante do espectador que pode compreender melhor a cabeça do holandês.

Pensa que é pouco? Você ainda tem a chance de conhecer a casa onde Escher viveu ou assistir ao documentário Metamorfose que, durante uma hora, nos apresenta a vida e obra do mestre da ilusão. Já sei: você acha documentário uma coisa chata. Então, que tal um filme em 3D? Léon Wennekes leva você a uma viagem pelas construções impossíveis do artista. Durante sete minutos e meio o público viaja pelas mais famosas criações de Escher como Belvédère, Cascata e Subindo e descendo.

O que você está esperando? O mundo mágico de Escher fica no Rio de Janeiro até o dia 27 de março (domingo), de terça a domingo, das 9h às 21h. O Centro Cultural Banco do Brasil fica na Rua Primeiro de Março, 66 – Centro. Visitas monitoradas podem ser agendadas pelos telefones (21) 3808-2070 e 3808-2254. A entrada é franca.

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Os dinossauros invadem o Rio

Incríveis réplicas de dinossauros robotizados em tamanho real estarão na exposição Mundo Jurássico que começa neste sábado (15) no Anexo do Hiper Mercado Extra 24hs na Barra da Tijuca (RJ). A exposição que já passoi por São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Belém, Manaus e Salvador chega à Cidade Maravilha pela primeira vez trazendo 25 robôs, seis esqueletos e um investimento de 1,5 milhões de dólares para proporcionar uma verdadeira viagem no tempo e diversão garantida para toda a família.

Com dimensão de aproximadamente 2 mil metros quadrados, a mostra contou com técnicos especialistas em montagens de cenários cinematográficos, cenógrafos, museólogos, arquitetos e paisagistas, para garantir o visual e funcionamento de todo o aparato desta exposição. Percorrendo diversos ambientes, o público terá a sensação de os dinossauros estarem realmente vivos em um ambiente totalmente interativo.


A exposição acontece de terça a domingo das 11hs às 22h. Os ingressos variam de acordo com o dia. De terça a quinta, eles custam em torno de R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia). Às sextas, sábados e domingos e feriados, o preço aumenta para R$ 60,00 (inteira) e R$30,00 (meia). Também existem promoções especiais para família, projeto escola e muito mais, para permitir ao grande público do Rio viver esta incrível experiência.

Você pode obter mais informações pelo Conexão Cultural. Ligue já para os números: (21) 2422-4152 / 2178-2010 / 9984-9403 / 2495-4984. O Mundo Jurássico fica no Rio de Janeiro até 20 de março (domingo).


Fonte: Site oficial

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Ao gênio da caricatura

O público terá a oportunidade de conhecer o trabalho do gênio da caricatura Antônio Gabriel Nássara na exposição Nássara 100 anos que acontece até o dia 06 de fevereiro (domingo) no Centro Cultural Justiça Federal. Se estivesse vivo, o artista teria completado 100 anos de idade no último dia 11 de novembro e além do talento nos desenhos, Nássara foi o autor de músicas de grandes sucessos do carnaval carioca como Alá-la-ô (mas que calor...).

A exposição tem entrada franca e a classificação é livre. A mostra pode ser visitada de terça a domingo de meio-dia às sete da noite. Além da exposição, quem estiver interessado na vida e na obra do artista também pode ler o livro Nássara passado a limpo, escrito por Carlos Didier e lançado em novembro passado. Outros livros sobre o caricaturista são Nássara, desenhista (Cassio Loredano) e Nássara, o perfeito fazedor de artes (Isabel Lustosa).

A organização da exposição no CCJF foi iniciada há mais de dois anos por Zé Roberto Graúna e Jorge de Salles. Amigo e parceiro de Salles, Nássara o presenteou com um acervo de quase 200 desenhos originais. A amizade é tanta que, em 1996, Nássara ilustrou o livro infantil Moça Perfumosa, Rapaz Pimpão e morreu antes de vê-lo publicado. Jorge Salles também não pôde comparecer à exposição que organizou porque, infelizmente, ele morreu um mês antes de a exposição ser aberta ao público em 15 de dezembro.

O Centro Cultural Justiça Federal fica na Avenida Rio Branco, 241 – Centro – Rio de Janeiro. Para mais informações, ligue: (21) 3261-2550. Para marcar visitas orientadas, o telefone é: (21) 3261-2552.

Fonte: Narda Staël (Web Rádio UERJ)

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Contemporaneidade de pernas pro ar

Nunca antes na história da arte e da cultura brasileira se viu tantos trabalhos voltados para melhor compreender a alma feminina. O ano de 2010 foi sem dúvida o ano em que as cariocas mostraram sua beleza e ainda houve gente corajosa para tentar responder um dos mais difíceis mistérios da raça humana: Afinal, o que querem as mulheres?

Ah... Mulheres repetidas 98 vezes por Neguinho da Beija-flor e que conseguem ser várias em uma só. Pode ser sensível e frágil como uma flor, mas também pode ser como uma deusa e conquistar até o mais poderoso imperador. Mas tem vezes que essas doidas e santas nos tiram do sério e aí nem adianta pegar o caminho para Marte, afinal até para lá elas estão indo.

Com a televisão, a música e o teatro mostrando a multifacetada figura feminina, o cinema não poderia ficar de fora e nos presenteou com uma deliciosa comédia pelas mãos do diretor Roberto Santucci e da produtora Mariza Leão. Quem preferiu curtir o Natal e o Réveillon em frente à telona saboreou o prazer De pernas pro ar, comédia estrelada por Ingrid Guimarães, Maria Paula e Bruno Garcia que foi inspirada na história real de Erica Rimbaud, vendedora de artigos de sex-shop que oferecia os produtos de porta em porta.


Mais que uma comédia, De pernas pro ar mostra o retrato da mulher contemporânea bem diferente das que eram vistas nos tempos de Simone de Beauvoir. Elas lutaram para terem sua independência e receberem o valor que lhes é devido, mas o filme mostra que essas conquistas têm um preço. Afinal, elas foram trabalhar fora, mas ainda continuam tendo marido, filhos e, às vezes, uma empregada para cuidar.

Alice, personagem de Ingrid, é uma executiva balzaquiana totalmente workaholic e casada com João (Bruno Garcia) que não prioriza muito as necessidades vitais do casamento até que ela perde o emprego e o marido ainda resolve dar um tempo. É nessa fase ruim que ela conhece a descolada Marcela (interpretada por Maria Paula) que lhe apresenta os prazeres do universo desconhecido do sex-shop. Começa aí a guinada na vida e na carreira de Alice nesse verdadeiro país das maravilhas.


Apesar de ser uma história comum, De pernas pro ar nos faz pensar bem sobre essa nova mulher que vimos surgir a partir das lutas feministas e que muitas vezes se vê obrigada a saber ser boa filha, mãe, esposa, amiga e profissional. Ufa! Mas elas não gostam de serem vistas como dignas de pena, são esses desafios que as fazem mais especiais.

Independente de como elas forem, uma coisa é certa: as mulheres ainda querem amar e serem amadas pelo príncipe encantado. Hum... Aqueles contos de fada lidos à noite eram quase uma lavagem cerebral, mas ainda bem que muitas resolveram enfrentar a bruxa má a esperar que o cavaleiro viesse resgatá-las em cima de um alazão. Entretanto, não importa... Por mais evoluída que seja, a mulher necessita ser amada. Não vista como um pedaço de carne ou objeto de decoração, mas como um ser humano que deseja atenção e que reparem quando ela cortar um centímetro da franja. Se Freud estivesse vivo, com certeza ele teria a resposta à sua pergunta. O que as mulheres querem? Elas querem ser amadas e descobrir o prazer nem que seja com um coelho de pelúcia.


Fotos: AdoroCinema.com

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